terça-feira, 21 de junho de 2011

Você consegue.

Oriol Servià fez uma corrida impecável em Milwaukee. Largou em décimo, foi ultrapassando muito gente, a maioria no braço, e um ou dois por causa de batida, como com o brasileiro Tony Kanaan, Oriol conseguiu chegar em terceiro lugar. Consequência: Voltou a ser o terceiro colocado na tabela geral, apenas 72 pontos atrás dos líderes Will Power e Dario Franchitti. Um dia depois da corrida, Servià disse em seu twitter para Tony Kanaan:

"Doeu te ver no muro. Queria te passar, mas não desta maneira."

Além de ser um excelente piloto, Servià mostrou também muito caráter, pois não é qualquer piloto que pensa assim. Está correndo direitinho, sem deixar passar suas oportunidades. O que ele tem, ele aproveita. Precisa tomar muito cuidado com Scott Dixon, da Ganassi, quarto colocado, apenas 3 pontos atrás de Oriol. Mesmo sem ter o melhor carro do ano, Servià tem talento para poder até mesmo vencer alguma corrida, ou até mesmo o campeonato. Está levando no braço com seu companheiro de Newman/Haas, James Hinchcliffe, décimo sexto no campeonato. A disputa pega fogo na Fórmula Indy e com o talento dos 6 primeiros colocados, a coisa pretende esquentar mais ainda. Parece loucura, mas acho que Tony Kanaan tem muito talento para levar a KV Lotus Racing no braço, como ele já está fazendo, aliás. A Andretti Racing, equipe que Tony Kanaan defendeu até 2010, que inclusive o fez campeão em 2004, está entrando no poço da amargura sem o brasileiro. Danica Patrick é a melhor colocada da equipe, sendo a derradeira do top 10 de pilotos, enquanto Marco Andretti é o décimo segundo, Mike Conway o décimo quarto e Ryan Hunter-Reay o vigésimo primeiro. A inglesa Pippa Mann fechou com a Conquest para fazer mais três corridas. JR Hildebrand está apaixonado pelo muro. Bateu em Milwaukee de novo, nas mesmas circunstâncias das 500 milhas de Indianápolis, a única diferença é que não era a última volta. Ernesto Viso, da KV Lotus Racing, também bateu. Na primeira curva da corrida, o piloto da Andretti Ryan Hunter-Reay rodou do nada e acertou o muro, sendo o primeiro a deixar a prova. A corrida esteve na mão tanto de Tony Kanaan quanto de Helio Castroneves. Castroneves passou Tony se não me engano na volta 115, até que perto da volta 150, Tony bateu forte e prejudicou um Safety Car. Não aconteceu nada com Tony, mas sua chance de vitória foi para o espaço sideral. Helinho estava com o pneu murcho e aproveitou o Safety Car para trocar os pneus. O pit stop foi relativamente demorado, fazendo com que ele perdesse a liderança da prova. Franchitti estava na liderança, Rahal era o segundo e Helinho era o terceiro, até que Viso bateu e provocou outro Safety Car na prova, ou seja, mais uma parada nos boxes. Franchitti fez um bom pit stop, temos que admitir que a Ganassi é boa em pit stops rápidos e ele continuou na liderança. O pit stop de Helinho parecia em câmera lenta, fazendo com que ele caísse para quinto ou sexto. A vitória estava nas mãos de Franchitti, e ele conseguiu. Graham Rahal foi o segundo e Oriol Servià foi o terceiro. Will Power fez uma bela corrida, e mostrando que bom carro e bom piloto são unidos, largou em décimo sétimo e foi o quarto.

Um comentário:

Alessandra Alves disse...

Gabriel,

Parabéns, post muito bem escrito. Nível Gabriel Pandini! Assim, sim.

Fico aqui pensando: o que uma corrida ao vivo é capaz de fazer na vida de um torcedor. Você virou fã de F-Indy.